Empresas precisam voltar a investir em treinamento, conclui pesquisa global

Retenção de talentos é o desafio da década para líderes

Empresas precisam voltar a investir em treinamento, conclui pesquisa global

A busca e retenção de talentos é o maior desafio a ser enfrentado pelos líderes do mundo todo para que seus negócios prosperem. É o que apontou a pesquisa CEO Challenge 2014, que ouviu 1.020 presidentes de empresas para descobrir quais são os seus principais desafios estratégicos e como superá-los.

De acordo com a pesquisa, feita pela consultoria Mercer em parceria com a Marsh e com o The Conference Board, por ordem de importância, os cinco principais desafios dos líderes são, em termos globais: capital humano, relacionamento com clientes, inovação, excelência operacional e regulamentação do governo. Já para os gestores de empresas da América Latina, os principais desafios são: excelência operacional, capital humano, relacionamento com clientes, regulamentação do governo e inovação. Percebe-se que, entre as 25 iniciativas que os líderes mencionaram que irão implantar para atender aos cinco primeiros desafios, 12 delas têm a ver com pessoas.

O estudo verificou que muitas empresas no auge da crise cortaram investimentos em treinamento, e que estes terão que voltar com urgência. Isso porque, com relação às pessoas, os gestores apontaram como um dos mais importantes itens justamente prover treinamento e oportunidades de desenvolvimento para os funcionários.

Também está na lista destes líderes investir mais na retenção dos talentos-chave; melhorar os processos e o engajamento dos gerentes na gestão do desempenho; e aprimorar os programas de desenvolvimento de lideranças. Também será necessário buscar uma melhora na eficiência dos supervisores na linha de frente. Segundo eles, sem pessoas engajadas e produtivas, não há como manter um negócio, não importa a corporação ou quanto fature ao ano. Qualquer uma está correndo o risco de perder mercado por não criar programas de engajamento eficientes ou não preparar adequadamente sua equipe.

Segundo eles, sem pessoas engajadas e produtivas, não há como manter um negócio, não importa qual é a corporação ou quanto ela fatura ao ano. Qualquer uma está correndo o risco de perder mercado por não criar programas de engajamento eficientes ou não preparar adequadamente sua equipe. E a área de RH terá um papel decisivo para colaborar com esse cenário de busca de talentos-chave e de relacionamento com o mercado e órgãos reguladores.

— Será fundamental, por exemplo, além de criar um programa megaeficiente na gestão de pessoas, engajar-se com os competidores para influenciar a agenda regulatória em prol do fortalecimento e entendimento da legislação e dos códigos de conduta dos negócios — afirma André Maxnuk, líder da área de Fusões e Aquisições da Mercer e diretor do escritório da consultoria no Rio de Janeiro.

Pela primeira vez, a pesquisa incluiu dados da América Latina. Na Ásia, foram ouvidos 458 líderes (47% da amostra); na Europa, 105 (10,3%); nos Estados Unidos, 233 (22,8%); na América Latina, 114 (11.2%) e, em outras localidades, 89 líderes (8,7%). Deste total, 292 líderes trabalham em empresas do segmento de manufatura; 105 da indústria financeira e 564, da indústria de serviços. A receita de 92 das empresas pesquisadas (10,7%) supera os US$ 5 bilhões ao ano; 102 têm receita entre US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões (11,6%); 205 entre US$ 100 milhões e US$ 1 bilhão (32,1%); e 583 têm receita abaixo de US$ 100 milhões (45,5%).

Fonte: O Globo

Comments are closed.